Brasil assume protagonismo e prepara terreno para sucesso na cúpula em Belém
A partir desta semana, a capital paraense sediará a cúpula de chefes de Estado e governo, antecedendo a COP30 — evento que consolida o papel do Brasil como protagonista nas discussões climáticas internacionais. A preparação da cidade de Belém e as iniciativas anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganham destaque.
O governo brasileiro assumiu claramente uma postura de anfitrião que vai além da logística: Lula afirmou que o Brasil chega à COP30 “como exemplo de liderança na transição energética”, noticiou a Agência Gov. Entre as propostas que o presidente pretende levar à cúpula, figura o lançamento da iniciativa do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) — mecanismo internacional para pagamento a países que mantêm suas florestas em pé — e a entrega de uma carta com compromissos de jovens brasileiros à agenda ambiental. Além disso, Lula tem defendido que “não se pode deixar o mundo caminhar de olhos vendados” em relação aos compromissos climáticos e defendeu a criação de um “Conselho da ONU para monitorar compromissos climáticos”.
A preparação de Belém demonstra capacidade de articulação e ambição estratégica. São 143 delegações confirmadas, com 57 chefes de Estado inscritos, o que mostra a visibilidade internacional do evento. A escolha da Amazônia como palco da COP30 – única até agora realizada em floresta tropical – tem forte simbolismo ambiental: reforça que o Brasil pretende transformar um ativo ambiental em plataforma diplomática. Em Belém, a agenda climática se conecta à inclusão social, à proteção de comunidades tradicionais e ao desenvolvimento sustentável.
Expectativas positivas reforçadas
Há otimismo real de que a cúpula de líderes em Belém promova avanços concretos. O Brasil promete converter palavras em ações — não apenas promessas simbólicas. O foco está na entrega de metas ambiciosas, alinhadas ao Acordo de Paris, e no estabelecimento de mecanismos de governança global mais robustos. A iniciativa de Lula de levar à mesa da COP30 as propostas de jovens brasileiros é outro ponto de esperança: mostra que o país busca legitimar sua presença internacional com engajamento interno e renovação generacional. Finalmente, o Brasil exibe uma matriz energética em que 87% da eletricidade é limpa — “Somos um dos países que mais têm energia renovável no planeta”, como afirmou o presidente.
Do Brasil 247
