Às vésperas da COP30 no Brasil, lançamos A conta dos biocombustíveis, um relatório exclusivo que expõe os custos sociais e ambientais da indústria — um setor amplamente promovido como uma solução “verde” para a crise climática.
O Brasil comercializa etanol, biodiesel e tem projetos para combustível sustentável para aviação (SAF). O país apresenta os biocombustíveis como pilares de seu plano de descarbonização e exporta para os Estados Unidos e a União Europeia.
Nossa investigação revela:
- Desmatamento: A expansão da terra agrícola para a produção de biocombustíveis está impulsionando o desmatamento ilegal, particularmente no Cerrado, que superou a Amazônia em 2023 como o bioma mais desmatado do Brasil.
- Trabalho escravo: Casos alarmantes de trabalho escravo em fazendas fornecedoras de matérias-primas essenciais para a produção de biocombustíveis, como cana-de-açúcar e soja, com graves violações de direitos humanos.
- Conflitos fundiários: Comunidades tradicionais enfrentam violência, ameaças e deslocamento forçado em áreas usadas para o cultivo de palma e soja, ambos críticos para a produção de biodiesel e SAF.
O relatório também inclui recomendações de salvaguardas para abordar essas questões, como a implementação de sistemas eficazes de rastreabilidade nas cadeias de fornecimento de biocombustíveis e uma diligência aprimorada para prevenir abusos de direitos humanos e danos ambientais.
Relatório está disponível aqui ou em anexo.