Pará destaca bioeconomia, restauração florestal e os preparativos para a COP 30 em evento em São Paulo

Na manhã desta sexta-feira (21), o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), Mauro O’de Almeida, participou do CNN Talks, braço de eventos da CNN Brasil, em São Paulo. O encontro promove o debate e mostra como práticas sustentáveis podem impulsionar a inovação, gerar eficiência e abrir novas oportunidades de negócios. Na oportunidade, foram apresentados os avanços alcançados pelo Governo do Estado, desde 2019, na transformação econômica e ecológica no Pará, bem como os preparativos e o legado que a COP 30 trará para a Amazônia.

O titular da pasta falou no painel “A COP30 no Brasil” e apontou a bioeconomia e a restauração florestal como caminhos de uma transição para um novo modelo econômico, pautado na sustentabilidade das atividades de produção. Com a temática “Economia verde: sustentabilidade é oportunidade”, o evento ocorreu em São Paulo.

Valter Correia da Silva, secretário Extraordinário para COP 30 do governo federal, e a superintendente de Sustentabilidade e Governança Corporativa da Companhia de Saneamento de São Paulo (Sabesp), Virginia Ribeiro, também participaram do painel.

Em sua fala, o titular da Semas destacou que os três pilares da política ambiental do Pará correspondem ao combate ao desmatamento, à integridade do solo paraense e à restauração da floresta.

Foto: Divulgação“A transformação econômica e ecológica passa por soluções baseadas na natureza. A mudança vem da economia e nós escolhemos a bioeconomia e a restauração florestal. A bioeconomia da floresta, da diversidade e, para isso, nós criamos o Plano Estadual de Bioeconomia e, na COP 30, queremos apresentar um showcase perto da Região Metropolitana de Belém, sede da COP 30 no ano que vem. Com isso, possamos dizer ao mundo que essa é uma oportunidade econômica e transformadora”, explicou Mauro O’de Almeida.

Ainda de acordo com o secretário, além do Plano de Bioeconomia, o Plano de Recuperação de Vegetação Nativa do Estado do Pará (PRVN-PA), o mercado de carbono por meio do Sistema Jurisdicional de REDD+, o Programa Regulariza Pará e o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) são iniciativas estratégicas para o desenvolvimento sustentável, respeitando a natureza e as comunidades que nela vivem.

COP 30 como oportunidade

Em 2025, Belém sediará o maior evento de debate sobre meio ambiente e mudanças climáticas do mundo. Com ele, surge a oportunidade de apresentar para o mundo que virá até o Pará as iniciativas verdes que preservam o meio ambiente e geram oportunidades para a população através da bioeconomia.

“A COP 30 será o nosso ponto de reflexão, para o mundo estar atento para as questões ambientais e climáticas, bem como para a necessidade da Amazônia se desenvolver adequadamente, por meio de uma economia verde, infraestrutura verde e trabalho coletivo, com o cooperativismo, seja nas bases comunitárias ou nas grandes empresas. Tudo isso para apresentar as demandas socioeconômicas da Amazônia, colocando na agenda desse mega evento as temáticas de bioeconomia, restauração da floresta e mercado de carbono, para que as solicitações das comunidades também sejam ouvidas por todos os presentes”, concluiu o titular da Semas.

Foto: DivulgaçãoSoluções baseadas na natureza – O secretário da Semas afirmou que o momento é de pensar soluções baseadas na natureza e que a preocupação do governo é promover uma transformação econômica, social e ecológica no Pará e na Amazônia.

“Entendemos que a mudança que precisamos fazer vem da economia. Se veio o problema da economia com a instalação de grandes rodovias, como a Santarém-Cuiabá, a Transamazônica, na década de 70, hoje a solução também vem pela economia. E nós escolhemos a bioeconomia e a restauração florestal como caminhos para essa nova economia. A bioeconomia da floresta, da biodiversidade, das folhas, dos frutos, dos alimentos, dos cosméticos”, ressaltou.

Sobre a COP, o secretário também reforçou a importância de colocar a Amazônia no centro do debate. “Se é verdade que a Amazônia tem essa importância toda para o equilíbrio climático mundial, essa é a COP da floresta. Essa é a primeira questão a se colocar”.

Foi destacada a necessidade de inserir na agenda do evento os elementos dessa nova economia, como Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal), mercado de carbono e restauração. “As pessoas precisam ser ouvidas. Independentemente da agenda da COP, há uma demanda reprimida para ser ouvida. E essa é a oportunidade que a gente tem”, finalizou.

O secretário Valter Correia disse que Belém será uma vitrine e falou do impacto positivo das obras preparatórias para a COP 30 e do legado deixado à população que reside em Belém. Ele citou o Parque da Cidade e a construção de hotéis em localizações estratégicas como uma importante ação de fomento ao turismo em Belém. “É o caso dos empreendimentos que estão sendo construídos nos galpões cedidos no Porto de Belém, na beira do rio, do hotel que será construído em um prédio do governo federal. Toda essa área (galpões do Porto Futuro II, centro histórico próximo à Estação das Docas) está sendo totalmente transformada e movimentará o turismo”, pontuou.

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