Veja!
Ah, Rondônia, o estado que redefine o conceito de transparência como algo tão translúcido que ninguém consegue ver nada! Quem diria que, no ápice de uma crise ambiental, climática e de governança, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM) se destacaria mais pela habilidade de apagar dados do que por proteger o meio ambiente. É quase como se a natureza da transparência fosse a ausência completa de informações — uma obra-prima de gestão pública!
Vamos falar das dez perguntas inconvenientes enviadas à Secretaria de Comunicação do Estado. Talvez sejam perguntas filosóficas demais para uma administração tão prática. Afinal, o que é um incêndio aqui, um desmatamento químico ali, quando se pode simplesmente ignorar tudo isso? Estratégia brilhante: se ninguém sabe o que está acontecendo, talvez nada esteja realmente acontecendo. Genial, não?
E quanto ao apagamento de dados? Ah, que inovação! Apagar informações públicas é quase uma metáfora perfeita para o desmatamento: primeiro somem os dados, depois somem as árvores. É o tipo de sinergia destrutiva que poucos governos conseguem alcançar. E a falta de transparência ativa e passiva? Bem, passiva eles já dominaram, pois não fazer absolutamente nada é quase uma arte por aqui. Transparência ativa? Parece que “ativa” significa bloquear qualquer esforço de órgãos participativos e de controle externo para entender a verdadeira escala do desastre.
Os insistentes contatos da imprensa? Ignorados. A sociedade civil? Ignorada. Os órgãos de controle? Ignorados. É um silêncio tão ensurdecedor que quase dá para ouvir o som das motosserras e das queimadas ao fundo. Mas, quem sabe, isso seja parte de uma nova política inovadora: a gestão pelo silêncio. Afinal, se o governo se recusa a responder, ninguém pode acusá-lo de mentir.
E as recentes publicações na imprensa sobre a crise ambiental e climática em Rondônia? Pura coincidência, certamente! É quase como se todos os veículos de comunicação do país tivessem se unido em uma conspiração maligna para manchar a impecável reputação da gestão estadual. Só pode ser inveja de um governo que consegue torrar florestas e diárias internacionais com a mesma eficiência.
Então, aqui estamos, esperando respostas que nunca virão, observando o governo se esconder atrás de uma parede de opacidade tão densa quanto a fumaça que cobre as unidades de conservação. Porque, no fim, parece que o maior compromisso do governo de Rondônia não é com o meio ambiente, nem com a sociedade, mas com sua própria capacidade de desaparecer — junto com as florestas, os dados e, claro, qualquer resquício de responsabilidade.
Ah, Rondônia! Terra de paisagens deslumbrantes, biodiversidade riquíssima e, claro, da emblemática política ambiental que só pode ser descrita como uma obra de arte irônica, digna de aplausos sarcásticos. Vamos por partes, desvendando as perguntas enviadas pelo Patrulha Verde e tentando encontrar o fio da meada nessa ópera tragicômica que é a gestão ambiental do estado.
1. Resposta oficial aos incêndios dois meses depois?
Brilhante estratégia de combate! Afinal, o fogo precisa de um tempo para mostrar suas intenções reais. Talvez estivesse apenas “brincando de queimar” antes de ser levado a sério, não é mesmo? Além disso, por que responder rápido, quando é possível esperar pela chegada do período das chuvas, deixando a natureza resolver aquilo que a gestão pública claramente não consegue? Eficiência que chama?
2. Medidas específicas da SEDAM/RO?
Certamente as medidas são tão inovadoras que ninguém as percebe. Quem sabe uma política de “deixe queimar e depois vemos o que sobrou”? Monitorar para quê? O importante é o espírito de aventura: será que ainda há alguma floresta de pé? Surpresa!
3. Veneno para desmatamento químico?
Que ousadia, Patrulha Verde! Perguntar sobre denúncias envolvendo veneno é subestimar o talento local para a criatividade destrutiva. Quem sabe as autoridades nem sabem disso? Afinal, é difícil enxergar crimes ambientais com os olhos fixos em relatórios de diárias internacionais.
4. Aumento dos focos de incêndio em cinco anos?
Ah, mas o que são cinco anos no contexto histórico, não é? É muito injusto culpar o governo atual, já que a Amazônia tem bilhões de árvores para oferecer. Um pouco de fogo ali, outro aqui, e voilà, estamos apenas “redistribuindo a paisagem”. Quem disse que desertificação não é o futuro?
5. Omissão ativa e planejada?
Planejada? Claro que não! Só parece. Deve ser coincidência que a fiscalização seja quase inexistente, que as multas ambientais sejam piada e que os invasores de terras públicas continuem mais motivados que os próprios gestores ambientais. Pura sorte (ou azar?) para os ecossistemas.
6. Dados sobre a área devastada?
Por que divulgar algo tão irrelevante como a destruição ambiental? Transparência é superestimada. O suspense de não saber é parte da emoção. Vamos esperar o próximo relatório do INPE para ter uma dimensão mais assustadora – com sorte, vai render mais memes do que indignação.
7. Apoio federal?
Ah, mas pedir ajuda seria admitir que há um problema! Melhor manter as aparências e agir como se tudo estivesse sob controle. Se o Exército já está ocupado protegendo garimpeiros em terras indígenas, para quê incomodá-lo? Prioridades são prioridades.
8. Críticas à gestão ambiental?
Que crueldade essa perseguição à dupla Rocha e Lagos! Certamente não é fácil bater o recorde de destruição ambiental e ainda ter que viajar para o exterior com tantas críticas injustas no ouvido. Alguém tem que gastar esses recursos, afinal!
9. Diárias internacionais versus proteção ambiental?
Ah, mas é claro que viagens internacionais têm prioridade! Quem precisa de florestas enquanto é possível fazer turismo político? As árvores não pagam diárias, afinal. Talvez o governo esteja exportando o conceito inovador de “deixar tudo pegar fogo” como uma política pública global.
10. Recuperação das áreas destruídas?
Recuperação? Isso soa como trabalho demais. E, sejamos honestos, biodiversidade é tão década passada. Rondônia está só se adaptando aos novos tempos, onde a soja reina absoluta e as queimadas são o espetáculo pirotécnico oficial.
Em resumo, Rondônia, esse laboratório de ironias, segue firme em sua missão de transformar a Amazônia em poeira – e, quem sabe, num dia próximo, em uma placa de “Aqui já foi floresta”. Palmas, palmas! E que venha o próximo capítulo dessa epopeia ambiental.
Do departamento de jornalismo do Patrulha Verde